sábado, 30 de junho de 2012

WOLFMOTHER - COSMIC EGG - 2009

Salve Galera do Rock!!!

Demorei a aparecer. Mas não foi por outro motivo senão a correria do dia-a-dia. Todavia, volto com tudo e falando sobre uma banda que nos dá um alento muito grande quando pensamos que os nossos ídolos do passado estão, assim como nós, ficando velhos e atuando cada vez menos e seletivamente na cena rock mundial.

E este grupo de rock do qual falo hoje é a prova viva de que, ao contrário do pregam alguns, o rock não está morrendo. Definitivamente não! Pode até não estar aparecendo muito. Mas continua vivo e com força total, recriando, reinventando, inovando, dando novas roupagens, misturando. Enfim, o rock está ai firme e forte e o WOLFMOTHER (assim como outras boas bandas novas) é prova disto que afirmo agora.

Falando rapidamente sobre a banda, trata-se de um grupo de músicos australianos liderado pelo guitarrista Andrew Stockdale, um "garotão" com cara de anos "70" e vocalista vigoroso, o qual mescla em seu estilo de cantar as características de grandes "performers" setentistas, tais como Ozzy Osbourne e Robert Plant. Enquanto guitarrista, Andrew é um setentista convicto, viajando ora pelo Stoner, ora pelo psicodélico. Enfim, o cara é bom e reúne credenciais que o levaram até a participar do primeiro trabalho solo de Slash em 2010. Ou seja, não é para qualquer um.

A discografia da banda ainda é pequena. Porém, consistente. São dois álbuns. O primeiro leva simplesmente o nome da banda e reúne 13 belos petardos rockeiros, dos quais destaco a forte e emblemática "White Unicorn", música com pegada stoner e com momentos de pura viagem. Vale a pena conferir. Já o segundo trabalho da banda, Cosmic Egg, é fenomenal. E é neste álbum que vamos nos ater.

Front Cover



Back Cover



A versão do álbum da qual estou falando é uma edição especial e importada, a qual conta com dois Compact Discs. E a mesma me foi gentilmente emprestada pelo meu grande amigo e rockeiro, Ricardo Nascimento, um cara que entende muito de rock e que possui um acervo de álbuns de rock bastante consistente. Valeu Ricado!

Mas vamos falar das músicas. O disco 1 já começa maravilhosamente bem, com a canção California Queen, música que reúne tudo que um bom rockeiro gosta, desde um bom vocal até solos de guitarra desconcertantes, passando por riffs e batidas marcantes. O disco ficasse só na abertura já valeria a pena.

O disco segue com New Moon Rising, mas destacarei a "swingada" White Feather, música mais despretenciosa, mas muito gostosa de se ouvir. Esta é uma ótima canção para embalar festas.

A próxima canção a ser destacada merece até mudar de parágrafo. Estou falando de Sundial, uma canção que poderia facilmente ser incorporada a qualquer um dos primeiros trabalhos do Black Sabbath. A começar pelo riff inicial, o qual foi notoriamente inspirado (e por assim dizer, "chupado") em N.I.B. do Sabbath.

In The Morning começa melodiosa e um pouco "melosa". Porém, após os primeiros acordes a música fica mais encorpada e nos embala através de riffs de guitarra bem fortes e um vocal agudo e melodioso de Andrew, seguida de uma sequência viajante com um solo de guitarra espetacular.

O disco 1 conta mais três canções, duas delas seguindo a linha stoner (10.000 Feet e Cosmic Egg). A última, Far Away, não empolga e é, na minha opinião, alternativa demais para um álbum que parecia ter uma proposta setentista. Entretanto, nada que desabone o trabalho da Banda.

O disco 2 também começa muito bem com Cosmonaut, uma somzeira forte e ao mesmo tempo viajante, alternando momentos hard e psicodélicos, embalados pela voz marcante de Andrew Stockdale.

E disco segue na pegada ora stoner, ora hard com Pilgrim, Eyes Open, Back Round e In The Castle (esta música tem algo de Rush, mais especificamente o começo, o qual me lembrou o 2112). Um aparte faço com relação à canção Caroline, mas não é necessariamente um elogio, pois sempre que escuto o disco pulo esta música. É muito melosa para o meu gosto. Mais uma vez, saliento que isto em nada compromete este álbum. Aliás, escutem-na, pois gosto é algo muito subjetivo. E de repente vocês venham a curtir a canção.

A penúltima canção do disco 2 é Phoenix, com uma batida bem interessante e diferente, regada a várias distorções de guitarra e também solos bem legais e que antecede o "grand finale" do disco.

Violence Of The Sun é de longe a melhor música do disco 2 e quem sabe do álbum inteiro. Para ser sincero, divido minha preferência entre ela e California Queen. Mas não há como negar que esta música tem algo a mais do que as demais. Primeiramente, é uma canção que fala de amor de forma poética, usando a força do sol como figura de linguagem para expressar os sentimentos avassaladores de uma paixão. Mas o  ponto forte e tocante da canção é sua melodia cadenciada, a qual vai crescendo em força e vigor com uma base maravilhosa de baixo e bateria, incorporando vocais agudos e guitarras ora distorcidas, ora melodiosas. Eu diria que é uma canção para se ouvir sozinho, principalmente se você está apaixonado.

Muito bem. Espero ter passado para todos os amantes do rock a força e a beleza deste álbum. E espero que todos que o escutem compartilhem comigo a certeza de que o bom e velho rock n' roll estará sempre se renovando e gerando novos artistas e bandas, garantindo assim o nosso prazer e nossa satisfação de escutar boa música.

Grande abraço a todos e até a próxima.

Betão.



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